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Como age o espírito obsessor

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Como age o espírito obsessor? A verdade é que só somos obsediados porque ainda somos muito falhos. O espírito obsessor age em nossas fraquezas. Todos nós influenciamos e somos influenciados permanentemente. Se a influência que sofremos é insistente e maléfica, isso pode ser considerado como obsessão. Que fazer?

É o tema deste vídeo de 8 minutos. Se preferir, leia o artigo logo abaixo.

Uma coisa muito falada, muito comentada no meio espírita é a respeito do espírito obsessor. Muitas pessoas que têm um conhecimento bastante superficial do Espiritismo veem na figura do espírito obsessor uma espécie de substituto do diabo, e as religiões cristãs, as denominações cristãs mais tradicionais têm, no diabo, o seu grande inimigo, o culpado por tudo de mal que nos acontece. E, como uma herança dessa falsa crença cristã, e também por contato com as pessoas que acreditam nisso, muitas pessoas no meio espírita têm essa tendência de atribuir ao espírito obsessor tudo o que de mal lhes acontece. Então tudo que dá errado na vida delas não é de jeito nenhum de responsabilidade delas – o culpado é o espírito obsessor.

Essa visão certamente é um equívoco. Agora, que existe o espírito obsessor, existe.

Numa existência, na existência que nós vivemos atualmente, nós construímos ao longo dessa existência afetos e desafetos, amigos e inimigos. Tem pessoas com que nós construímos fortes laços de amor ou de amizade, e outras pessoas que nós, às vezes, prejudicamos, ou queremos mal, ou por um motivo qualquer nós acabamos nos desentendendo, criando uma grande animosidade. E nós sabemos que algumas pessoas, se pudessem, nos prejudicariam.

Se é assim nessa existência atual, que nós temos costumes mais brandos, imagine no passado, em séculos anteriores. Nós já vivemos, cada um de nós já viveu inúmeras existências anteriores, e em cada uma dessas existências nós construímos afetos e desafetos, amigos e inimigos, amores e ódios. Alguns desses ódios nós já conseguimos reverter, nós quase sempre reencarnamos próximos daqueles espíritos com quem nós já temos vínculos anteriores, sejam eles os nossos afetos ou os nossos desafetos. Muitos dos nossos problemas familiares de relacionamento se deve justamente ao fato de que nós reencarnamos próximos de alguns dos nossos desafetos. Quase sempre, no nosso meio familiar, tem alguns espíritos com quem nós tivemos grandes diferenças no passado, e a vida se encarrega de nos unir novamente para que nós possamos aparar as arestas, para que nós possamos nos rearmonizar, nos reajustar uns com os outros e com nós mesmos.

Mas alguns desses desafetos não reencarnaram juntos de nós, continuam desencarnados, e nutrem ódio, nutrem toda espécie de sentimentos negativos contra nós. Precisamos considerar, então, antes de mais nada, que, se existe esse ódio, se existem esses sentimentos negativos em relação a nós, é porque nós os prejudicamos no passado.

Nossos obsessores, esses espíritos que nos perseguem tentando nos prejudicar são, quase sempre, na esmagadora maioria das vezes, nossas vítimas do passado. São espíritos a que nós prejudicamos, a que nós traímos, a que nós matamos, a que nós logramos de todas as formas. Se fossem um pouco mais elevados, teriam nos perdoado e estariam seguindo a sua trajetória evolutiva de maneira mais harmoniosa. Da mesma forma, se nós fossemos espíritos mais elevados nós não seríamos de forma alguma obsediados – nós só somos atingidos em nossos pontos fracos.

Um espírito obsessor só consegue nos prejudicar porque conhece os nossos pontos fracos e age sobre esses pontos fracos. Muitas vezes o espírito que nos assedia tem mais conhecimentos sobre nós do que nós mesmos hoje. Porque nós, agora, encarnados, temos uma certa visão sobre nós mesmos, nós acreditamos que somos de uma determinada forma – mas tem certas características nossas que nós esquecemos, características das quais nós não damos muita atenção, mas esses espíritos que conviveram conosco no passado e que estão permanentemente nos observando, eles notam, eles sabem que são fraquezas e agem sobre essas fraquezas.

Nós não podemos negar que muitas pessoas enfrentam sérios problemas na vida por influência do espírito obsessor, e há pessoas que estão tão acostumadas a sofrer que passam a considerar isso como uma coisa normal. Mas o que é “normal”? Pouco mais de cem anos atrás a escravidão era considerada uma coisa normal no Brasil. O aborto, que para algumas pessoas era considerado normal, para outras é uma anormalidade. A pornografia já foi considerada uma coisa anormal, hoje, embora nós saibamos que o consumo da pornografia é uma coisa doentia, ela é vista como normal para a maioria da população. O hábito de fumar, quando eu era criança, ainda era uma coisa normal, tinha propaganda de cigarro na televisão – hoje é visto como um hábito anormal. Então esses conceitos de normal e anormal mudam no decorrer do tempo, e nós temos a tendência, muitas vezes, de acreditar naquilo que a maioria das pessoas acredita.

A verdade existe independente de nós considerarmos isso como normal ou anormal, certo ou errado. A verdade é uma só. Mas, dentro desses conceitos de normal e anormal, muitas pessoas vivem há tanto tempo no sofrimento e veem tanto sofrimento à sua volta que acham que é normal sofrer.

Tem pessoas – claro que em todos segmentos religiosos, em todas as classes sociais – mas mesmo dentro do meio espírita, é comum ainda hoje vermos pessoas que acham que nós nascemos para sofrer, que esse mundo é um vale de lágrimas, que nós reencarnamos para pagar os nossos pecados.

Ninguém nasce para sofrer. Evidentemente, se nós cometemos muitos erros no passado, nós teremos que reparar esses erros – mas isso não quer dizer, necessariamente, que nós tenhamos que sofrer. Claro que algumas pessoas terão uma vida mais difícil e outras mais fácil, mas ninguém nasce para sofrer. Não é normal sofrer.  E uma das características da obsessão é justamente essa, a pessoa passa a acreditar que a vida é assim mesmo, as coisas não dão certo porque a vida é uma bosta, e em vez de tentar mudar esse quadro mudando a si mesma, permanece indefinidamente nesse estado de sofrimento, de desânimo, sempre naquele estado beirando a depressão – quando não se entrega de uma vez por todas à depressão.

Depressão – uma visão espírita

Então a pessoa que sofre há muito tempo, a ponto de pensar que o sofrimento é uma coisa normal, ela precisa se dar conta de que existe obsessor; existe. Existem influências negativas capazes de nos colocar para baixo, capazes de nos prejudicar permanentemente; precisa se dar conta também de que nós só somos obsediados, só somos influenciados negativamente porque nós temos ainda, em nós mesmos, muitos aspectos negativos. Então, para nos livrar das más influências precisamos nos melhorar intimamente, precisamos nos aprimorar moralmente, nos fortalecer espiritualmente.

E, reconhecidos esses dois pontos, buscarmos ajuda, buscarmos um tratamento espiritual num centro espírita, frequentarmos um centro espírita (ou uma igreja, para quem não se sente muito bem no centro espírita), modificarmos os nossos hábitos, modificarmos as nossas condutas, procurarmos nos espiritualizar, mas buscarmos soluções. Não podemos achar, nunca, em momento algum de nossas vidas, que o sofrimento seja uma coisa normal.

Deus é a harmonia absoluta. Nós somos filhos de Deus, somos creados à imagem e semelhança de Deus. O que é normal, então, é a harmonia, e a busca dessa harmonia deve ser o nosso foco.

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