Evangelho, Reencarnação, Reforma íntima

O amor cobre uma multidão de pecados

o amor cobre uma multidão de pecados

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“O amor cobre uma multidão de pecados”. Que consolo e que promessa nesta sentença! O amor, o bem que se pratica, o esforço sincero no próprio melhoramento acelera e suaviza os débitos que temos que quitar com nossa consciência.

Às vezes nos queixamos de determinadas dificuldades que enfrentamos na vida. Dificuldades nossas, que nos impedem de desenvolver potencialidades, que nos proíbem o acesso a algumas situações. Um corpo com alguma imperfeição, uma aparência não muito bonita, uma timidez exagerada, uma situação de grande pobreza material, um intelecto que parece não se desenvolver suficientemente.

São meios que a Lei de causa e efeito nos faculta a fim de reparamos erros do pretérito. Se o espírito que reencarna com uma dificuldade dessas tem algum mérito, algum merecimento, ele adquire o direito de escolher, até certo ponto, as condições básicas de sua reencarnação, inclusive condições relacionadas ao seu corpo físico.

O amor cobre uma multidão de pecados
O amor cobre uma multidão de pecados

O corpo pode ser considerado como uma prisão para o espírito, pois o espírito dispõe de muito pouca liberdade estando limitado ao revestimento material. Por outro lado, o corpo é o divino instrumento de que você dispõe para se manifestar na matéria, o corpo é o seu veículo de interação com o mundo físico, o corpo é a casa do espírito enquanto estiver encarnado.

Você pode ter escolhido características do seu corpo. A influência do corpo durante a vida física é considerável. Uma aparência muito desagradável afasta as pessoas. Uma aparência bonita e sedutora cria grandes obstáculos, pois atrai pessoas com interesses escusos e desenvolve a vaidade. Pessoas com beleza acima da média encontram mais portas abertas, seu esforço é menor, suas possibilidades de falhar são maiores, justamente pelas facilidades encontradas no caminho.

Se em sua última reencarnação você falhou em seus propósitos por ter um corpo muito bonito, você se esforçaria para reencarnar num corpo que não chamasse a atenção. Se em sua última reencarnação você errou por excesso de autoridade, você insistiria em reencarnar num meio que favorecesse a timidez, o isolamento. Se o motivo de sua caída foi uma inteligência muito desenvolvida e utilizada de maneira negativa, você pediria para reencarnar com um intelecto menos favorecido. E por aí vai…

Tem aquela frase de Jesus que diz que “se o teu olho for motivo de escândalo, arranca-o”. Não sei de ninguém que arranque o próprio olho em vida. Mas analisando sob a perspectiva da reencarnação, é de uma lógica brilhante! Você procura afastar, ao reencarnar, aquilo que foi motivo de sua queda, de sua falha, de sua ruína.

Tem pessoas que nascem e vivem com grandes dificuldades. Uma comparação com elas nos faz ter vergonha de nossas reclamações e resmungos acerca de qualquer contrariedade. Não me atrevo a falar sobre esses problemas maiores. Mas todos nós convivemos com empecilhos, com obstáculos ao nosso desenvolvimento livre. São com essas dificuldades que teremos que vencer. Teremos que vencer com elas, sobre elas e apesar delas. Seja qual for o tamanho da dificuldade, o que não adianta é reclamar. A revolta e o inconformismo nos afastam de Deus, nos impedem o acesso ao que temos de melhor em nós mesmos, impossibilitam o fluxo normal de nossas potencialidades.

Quando nos dispomos à reforma íntima, quando nos esforçamos pela nossa transformação interna, o processo de resgate de nossas faltas passadas é atenuado. Como disse Pedro, na sua primeira epístola (epístola é carta, viu? Hoje seria e-mail. O e-mail de Pedro…) “O amor cobre uma multidão de pecados”. Que consolo e que promessa nesta sentença! O amor, o bem que se pratica, o esforço sincero no próprio melhoramento acelera e suaviza os débitos que temos que quitar com nossa consciência.

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