Comportamento, Pensamento e disciplina, Sexualidade

Sexo e espiritismo

cama de motel

Morel Felipe Wilkon

Artigo publicado originalmente em 14/08/2012

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Você acha que o sexo é importante num relacionamento amoroso? Você considera o sexo como uma maneira de amar? O Espiritismo nos ensina que o espírito imortal não tem sexo, podendo reencarnar como homem ou mulher. Sabemos também que, conforme vai se depurando, se desmaterializando, o espírito imortal é menos sujeito à necessidade sexual.

Se a tendência é nos libertarmos do desejo sexual com o progresso do espírito, quer dizer que o sexo seja condenável? Claro que não. Conforme formos nos desenvolvendo e aprimorando moralmente, nossos desejos vão diminuindo. Isso vale para a alimentação, para a posse material, para o sexo, para tudo que envolva desejo.

Sexo e espiritismo

Em nossa cultura milenar judaico-cristã, o sexo sempre foi visto como pecado, tentação, perdição. Talvez pela poderosa carga emocional que o acompanha. Nenhuma outra atividade aciona tão profundamente nossas emoções como o ato sexual. Nada ativa de maneira tão nítida a nossa capacidade de visualização e imaginação.

Não acho que seja digno de questionamento o que vale e o que não vale em matéria de sexo. Estabelecer o que pode e o que não pode era algo que Moisés fazia, mil e quinhentos anos antes de Cristo. Já passamos dessa fase. Sexo não é pecado, você sabe disso. Mas há que se levar em consideração alguns fatores.

Você sabe que os espíritos desencarnados estão por toda parte. A maneira como nós os atraímos é através do pensamento. Nosso pensamento sintoniza com pensamentos semelhantes. Por isso é muito mais importante o cuidado com os pensamentos do que com o ato sexual em si. É preciso ser vigilante com os pensamentos. O que os corpos fazem durante o ato sexual não tem nada de degradante se o pensamento não estiver poluído.

O sexo é uma atração física que pode envolver amor. Supõe-se que se pratique sexo quando há desejo suficiente de parte a parte. Desejo de um pelo outro, atração magnética. Se não há desejo, ou se este não é suficiente, entra em jogo a fantasia sexual. A fantasia sexual é produzida pela imaginação (ação de criar imagens). Imaginação é pensamento. O pensamento é criador. Qualquer fantasia que envolva outra pessoa, mesmo que fictícia, é um convite para que um espírito qualquer junte-se ao casal. Qualquer fantasia que prescinda de terceiros, mas que envolva situações de posse, domínio, dor, humilhação, pode trazer à tona personalidades que animamos no passado, em outras reencarnações, o que não é recomendável.

Se você tem vida sexual ativa, provavelmente vai pensar sobre isso. O poder do sexo é tão grande que um assunto como esse fica mais tempo em sua cabeça. Não se descuide. Na antiguidade já se falava em súcubos e íncubos. Hoje há verdadeiras organizações umbralinas especializadas em vampirização sexual. A palavra “vampirização” pode dar uma conotação de superstição, mistério. Mas não há nada disso. Na verdade o que querem é sua energia. Para se manterem no astral, sem precisar reencarnar, espíritos trevosos (ou menos adiantados) precisam da energia dos encarnados, é só isso.

Não chegamos ao estágio evolutivo de abrir mão do sexo. Também não acho que o sexo tenha como finalidade única a reprodução para perpetuação da espécie. Mas é bom lembrar que devemos ser vigilantes também nessas horas. Ou você acha que eu estou exagerando?

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