Reforma íntima

Reforma íntima e radicalismo

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Quando alguém começa o seu processo de conscientização, muitas vezes não sabe por onde começar a mudança que deseja para si. Sabe que precisa mudar, tem vontade de mudar, conseguiu até ânimo para mudar, mas são tantas coisas, e são hábitos tão antigos e entranhados, que não é muito fácil eleger prioridades para a sua mudança.

Somos escravos dos nossos hábitos

radicalismo
A reforma deve ser radical

Todos nós, ao longo de inúmeras existências, adquirimos hábitos que até podem ter sido necessários um dia, mas que hoje já não nos servem mais. Formamos e alimentamos mecanismos de defesa com o fim de nos protegermos das adversidades, mas, com o tempo, estes mecanismos são apenas medo, fingimento, preconceito, prevenção contra tudo o que possa representar, mesmo remotamente, uma ameaça. Não nos tornamos medrosos, fingidos e preconceituosos por maldade. Ninguém acorda um belo dia e decide: – “A partir de hoje vou ser medroso, fingido e preconceituoso!” – Claro que não é assim. Nós passamos, nesta e em outras reencarnações, por experiências que forjaram o caráter que temos hoje. As falhas de caráter que apresentamos são o resultado do melhor que conseguimos fazer…

E as principais falhas de caráter que carregamos conosco é que nos fazem cair, reencarnação após reencarnação – tropeçando nos mesmos defeitos, nas mesmas fragilidades. Podemos ter desenvolvido ótimas qualidades, mas temos alguns pontos que nos atrasam há séculos ou milênios.

Para nos tornarmos no que queremos nos tornar precisamos destruir os aspectos negativos que nos impedem um progresso mais decisivo. Para reedificar é preciso destruir. É assim na construção de um edifício, por exemplo. Para construirmos um grande edifício onde há um pequeno e velho edifício, precisamos colocar abaixo o edifício velho. Não podemos construir o novo em cima do velho. O velho não tem base suficiente para sustentar o novo. Os alicerces do edifício velho são insuficientes para sustentar o edifício novo.

Assim é com os hábitos. Para superar um mau hábito é preciso estabelecer bons hábitos. Não que os bons hábitos se consolidem desde já, com facilidade – mas para destruir os hábitos antigos. Por isso o radicalismo que tantas vezes é percebido nas pessoas que começam mudanças íntimas. Não podemos pregar o radicalismo, mas temos que entender que ele muitas vezes é necessário, num estágio inicial, para destruir os costumes antigos. Quando os novos costumes estiverem plenamente estabelecidos, então busca-se o equilíbrio.

Quando falo em radicalismo, me refiro à não-permissão de exceções. Quem está começando o seu processo de mudança a partir da conscientização não pode, desde o começo, se permitir exceções ao projeto que estabeleceu para si. Para quem está mal-acostumado há séculos ou milênios, essa exceção logo, logo, se torna uma regra, e aí vai tudo por água abaixo. Exceção é para os que já estão fortalecidos em sua nova maneira de ser, para quem já consolidou uma nova vida.

Quem está começando precisa seguir o conselho que Emmanuel deu para Chico Xavier no início da sua parceria: Disciplina, disciplina e disciplina.

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