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Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo – Reencarnação

o batismo de João Batista
Jesus foi batizado por João Batista

ARTIGO DE AUTORIA DE RODRIGO PNT

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo… Mateus 28:19.

Jesus mandou batizar nas águas os discípulos que viessem a crer em seu evangelho reconhecendo a trindade no homem, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, pois é por esses três que se opera no ser humano a regeneração, visto que o próprio batismo é um tipo dessa regeneração a qual se mostra na doutrina da reencarnação que também é um antítipo do batismo protestante.

Quando Jesus falou para Nicodemos sobre o novo nascimento mostrou que no homem precisava cumprir-se toda a justiça de Deus que é a reencarnação e para que esse conceito ficasse bem firmado na mente humana ele, Jesus, aprovou o sacramento do batismo instituído por João Batista, por isso nem mesmo ele, o Cristo, negou-se a essa justiça entregando-se a João Batista para ser batizado visando demonstrar que mesmo ele havia renascido diversas vezes e dessa forma cumprido a justiça de Deus.

“Então veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

Mas João se opunha, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? 

Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.”

Mateus 3:13, 14.

Que justiça haveria em se banhar em água fazendo uma confissão se esse banho, o qual é o batismo, não representasse algo maior? E se fosse uma purificação religiosa como tantas outras que os judeus praticavam com a água certamente que Jesus não acataria visto que ele já era puro, mais a justiça de Deus é a reencarnação, pois sem ela não há nem como acreditar em Deus, visto que entendemos ser Ele justo.

Veja o que Jesus falou á Nicodemos:

“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5.

Nascer da água era uma compreensão fácil para os judeus visto que no livro de Gênesis entende-se que Yavé tirou toda a criação das águas já que dois elementos primitivos foram as bases para toda a criação, segundo a teologia judaica, os quais eram a terra e a água, que são as primeiras a aparecer no princípio da criação, então os judeus entendiam que tudo que veio a existir foi tirado das águas.

 …que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste.”

2 Pedro 3:5.

Portanto, o nascimento da água significa o nascimento natural do ventre materno visto que o próprio Nicodemos pergunta a Jesus como entrar no ventre e nascer pela segunda vez, pergunta  à qual Jesus responde que deveria nascer de novo. Veja que ele, o mestre, não refuta a ideia de Nicodemos, mas afirma que é necessário nascer de novo, ou seja, pela segunda vez, através do ventre materno, e isso é a reencarnação que pregamos. Mas não é suficiente nascer da água, que é reencarnar-se, é preciso também nascer do Espírito, pois mais à frente ele diz que o que é nascido da carne é carne, em outras palavras o que nasceu da água é carne, mas o que nasceu do Espírito é espírito. Precisa haver o nascimento espiritual, é necessário ao ente encontrar o caminho do homem interior que é o espírito humano, precisa existir na vida encarnada o encontro com a espiritualidade, o que alguns denominam o despertar da consciência, outros, ter um encontro com Jesus, enfim, não importa como percebemos essa iluminação que é o nascimento espiritual, mas ela precisa acontecer, o que é o nascer do Espírito que Jesus falou. Paulo, o apóstolo, compreendia bem esse princípio do novo nascimento, ele entendia que nós precisamos de dois nascimentos, já que pela ótica dele temos dois corpos.

Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.

Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual.

O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o SENHOR, é do céu.

Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais.

E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.”

1 Coríntios 15: 44-49.

Entendemos pela ótica de Paulo que o ser humano possui o corpo carnal e o espírito que é o que irá ressuscitar, ele mesmo fala mais à frente que a carne e o sangue jamais entrarão no reino, pois bem, dessa maneira ele explica que até o Cristo vir nós vivíamos à semelhança do primeiro homem representado por Adão, ou seja, segundo a ótica do Cristo a Nicodemos, esse é o nascimento da água que é carnal pelas múltiplas encarnações (reencarnações), que até Jesus vir trazer a iluminação estávamos sujeitos e sem esperança de regeneração, pois não sabíamos o caminho para Deus. Mas após a vinda do bendito Cristo, o qual nos ensinou a verdadeira personalidade do Pai e o caminho para esse Pai, que é o seu exemplo, nós recebemos a iluminação e a chance de além de renascermos várias vezes da água, como já estávamos pelas reencarnações, podermos agora renascer do Espírito através do evangelho e ter um encontro verdadeiro com o Pai. Essa é a iluminação espiritual que atingimos. Dessa forma Paulo afirma que até agora trouxemos a imagem de Adão, porém daqui para frente devemos ter a imagem do Cristo que é o homem celestial ou espiritual, essa é a verdadeira ressurreição e os que já alcançaram esse pensamento não têm mais porque temer a morte do corpo, visto ele entender que a morte propriamente dita não existe.

O batismo por imersão total nas águas é uma simbologia disso tudo uma representação fatídica da regeneração da humanidade pela reencarnação e pela iluminação espiritual, por isso reconhece-se a trindade nessa cerimônia, não que seja imprescindível alegarmos a existência de um Deus triuno, já que isso é contrário ao bom senso, mas há a necessidade de se reconhecer nisso tudo o envolvimento do próprio Creador que é o Pai de todos os espíritos, do filho primogênito, o mais velho, nosso irmão Jesus, que foi o primeiro a sair da rota das sucessivas vidas que estamos atravessando e do Espírito o qual é o ajudador da humanidade e ao mesmo tempo o destino de todos os espíritos bons ou maus que pululam agora encarnados ou desencarnados sobre esse nosso planeta.

Rodrigo PNT É presbítero evangélico e admirador e estudioso da Doutrina Espírita.

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