Perguntas dos leitores

Cerveja – uma visão espírita

cerveja-espiritismo

Morel Felipe Wilkon

O uso da cerveja é inofensivo? Respondendo à pergunta da leitora Margarete, ofereço uma visão espírita sobre o hábito de beber cerveja.

Estive lendo seu artigo, e me chamou a atenção.
Desde pequena sou vista como estranha por familiares porque quando eles começam a beber (cerveja) eu vou me afastando. Na época não sabia por que, apenas sumia dali.
Hoje posso lhe dizer que me sinto mal mesmo enquanto eles bebem, e quando li seu artigo disse “eureka!” Eu acho que estou sentindo a aproximação desses espíritos negativos!!!!
Mas me diga uma coisa: meus parentes bebem cerveja, o que eles mesmos dizem ser coisa leve; mesmo essa bebida alcoólica pode atrair espíritos negativos?

Margarete, a cerveja é bebida alcoólica, e o álcool é uma droga como qualquer outra. A quantidade de álcool é menor na cerveja, mas a quantidade ingerida é maior do que a de outras bebidas, ou seja, dá no mesmo. A cerveja é apresentada à população como um produto inocente associado à imagem de alegria e mulheres bonitas e disponíveis. O que as propagandas de cerveja não mostram é que o uso do álcool está presente em grande parte dos casos de homicídios, estupros e violência doméstica. Uma pesquisa aponta que 75% dos acidentes de trânsito são causados por motoristas alcoolizados. Os números são expressivos demais para serem ignorados.

cerveja
A cerveja é inofensiva?

Segundo um relatório elaborado pela Organização Mundial da Saúde, pelo menos 2,3 milhões de pessoas morrem por ano no mundo todo devido a problemas relacionados ao consumo de álcool, o que totaliza 3,7% da mortalidade mundial: MALEFÍCIOS CAUSADOS PELO ÁLCOOL

Como ficam estes espíritos que desencarnam por problemas relacionados ao álcool? Tirando uma pequena parte que deve ter morrido por doenças causadas pelo álcool há vários anos, mas que já haviam se recuperado do vício, a grande maioria morre em estado de absoluta dependência, ansiando por satisfazer o seu vício.

Leia mais sobre o tema no artigo Espiritismo, álcool e drogas

A maneira que estes espíritos encontram para satisfazer o seu vício é através do contato íntimo com os encarnados que fazem uso do álcool. Temos um bom exemplo da simbiose entre encarnado e desencarnado e da influência exercida pelo desencarnado para que o encarnado beba no capítulo 6 do livro Sexo e Destino, de André Luiz, que você pode ler clicando aqui: SEXO E DESTINO

Não é possível generalizar e afirmar que todas as pessoas que bebem álcool atraem espíritos atrasados e viciados. Jesus bebia vinho. Há muitas pessoas equilibradas e moralmente elevadas que fazem uso moderado do álcool. Mas a maioria não tem essa elevação moral, e, ao fazerem uso do álcool, se tornam mais vulneráveis às companhias espirituais negativas. Estes espíritos que se sentem atraídos pelo álcool – ou por outras drogas – não são necessariamente mal-intencionados. Apenas querem satisfazer o seu vício.

Assim como há pessoas viciadas (muitas que fazem uso frequente do álcool e não exageram não percebem que são dependentes) também há espíritos que se tornaram dependentes enquanto estavam encarnados. Desencarnaram sem maiores esclarecimentos sobre a necessidade de elevação moral e desprendimento das coisas terrenas e continuam com as mesmas necessidades de sensações que tinham quando estavam encarnados. A companhia deles, mesmo que não seja mal-intencionada, é perniciosa por influenciarem os encarnados a beberem cada vez mais (é preciso satisfazer os desejos) e com o tempo forma-se uma simbiose psíquica, os pensamentos e desejos de encarnado e desencarnado se confundem. Esta é a razão pela qual os que fazem uso do álcool durante muito tempo geralmente tornam-se decadentes moralmente. A falta de domínio sobre os próprios pensamentos e sentimentos permite a influência dos espíritos desencarnados que encontram, no subconsciente do encarnado, fraquezas morais que facilmente vêm à tona. Antigas falhas de caráter, desta e de outras existências, que o encarnado vinha conseguindo superar, são revitalizadas e terão que ser vencidas novamente, mais tarde, com esforço redobrado.

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