Comportamento

Como perdoar a si mesmo

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– “Como me perdoar?” – é uma pergunta com que eu me deparo frequentemente. Há pessoas que dizem que não conseguem se perdoar, e trancam a sua vida por causa disso. Sua vida fica estacionada, presa, estática, sem graça.
 
Não importa o tamanho do erro que você tenha cometido, você precisa se perdoar e se permitir começar de novo, com força redobrada e vontade firme e forte de acertar.
 
Temos três ótimos exemplos de pessoas que cometeram erros graves em relação a Jesus: Pedro, Paulo e Judas.
 
Pedro era o apóstolo mais audacioso, muito próximo de Jesus, dizia que nunca iria abandonar Jesus. Quando viu Jesus sendo conduzido para interrogatório, teve medo e negou conhecer Jesus. Três vezes perguntaram a ele se ele era um dos seguidores de Jesus e ele disse que não.
 
Pedro poderia ter ficado permanentemente frustrado consigo mesmo por ter negado Jesus. Mas, algum tempo depois da morte de Jesus, Pedro se reanimou, passou por cima do erro cometido e se tornou um dos principais pregadores do Evangelho, trabalhando incansavelmente para implantar o Evangelho de Jesus na Terra.
 
Paulo não chegou a conhecer Jesus pessoalmente, mas ficou conhecido como um dos maiores perseguidores dos primeiros cristãos. Paulo era fariseu, e considerava o cristianismo como uma seita que devia ser esmagada, pois a ele o cristianismo parecia uma afronta a Deus. Paulo foi (no mínimo) conivente com o apedrejamento de Estevão, o primeiro mártir cristão – o primeiro a morrer em defesa do Evangelho de Jesus.
 
Paulo se converteu a partir de um inesperado encontro espiritual com Jesus na estrada de Damasco. Sentiu-se culpado e arrependido por ter perseguido Jesus querendo destruir seus seguidores. Mas, em vez de ficar preso ao sentimento de culpa, deu a volta por cima, reuniu as suas melhores forças e se tornou o maior propagador do Evangelho. O principal responsável pelo Evangelho ter chegado até nós foi Paulo.
 
Judas entregou Jesus àqueles que queriam matar Jesus. Até hoje se discute as razões que levaram Judas a fazer isso. A opinião predominante entre os estudiosos é que Judas esperava que Jesus, sendo preso, provocaria uma reação por parte do povo contra os romanos, que dominavam a região dos judeus.
 
Judas, vendo que Jesus não era o revolucionário que ele esperava que fosse, se arrependeu amargamente do seu gesto. Ele poderia ter perdoado a si mesmo e transformado a sua dor em trabalho. Ele certamente contaria com o perdão dos apóstolos – já que Jesus ensinou a perdoar setenta vezes sete, ou seja, perdoar indefinidamente. Mas não suportou a dor. Deixou-se entregar para o desespero e acabou com a própria vida.
 
Judas desperdiçou a oportunidade de se redimir através do trabalho em benefício do próximo. Pedro e Paulo, pelo contrário, são lembrados pelo seu trabalho no Evangelho, não pelos erros que cometeram.
 
Temos que nos perdoar. Por maiores que tenham sido os nossos erros, temos que nos perdoar. A energia que nós gastamos curtindo a dor do arrependimento (que, no fundo, é pena de si mesmo) deve ser reorientada para o bem, para algo construtivo e útil.
 
Existimos para construir a felicidade e o bem. Não perca tempo se lamuriando e lamentando o passado. Faça a vida valer a pena, seja útil ao próximo, dê novo rumo à sua trajetória.

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