Pensamento e disciplina

Espiritismo e os erros do passado

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Você tem dificuldade para conviver com o seu passado? Você fez coisas que gostaria de não ter feito? Se a resposta for negativa, pode parar de ler! Alguém que não reconhece seus erros não está pronto para maiores reflexões. E meu objetivo, neste site, é fazer refletir, com base no entendimento proporcionado pelo Espiritismo. Muitos pensam que minha proposta seja oferecer soluções, e talvez eu tenha minha parcela de responsabilidade nisso. Coisas da comunicação…

Não ofereço soluções. As soluções nos foram trazidas há dois mil anos, com o Evangelho de Jesus. O que faço é oferecer reflexão para que se chegue mais facilmente ao Evangelho.

Mas vamos lá. Todos nós cometemos erros grosseiros no passado. Esse é o motivo providencial de não nos lembrarmos de nossas existências passadas. É claro que há uma barreira vibratória que nos impede de acessarmos dados que não estão vinculados ao nosso cérebro físico, mas isso é apenas um aspecto. O fato é que não podemos lembrar de outras existências. Se lembrássemos de tudo o que fizemos de mal, com a consciência que temos hoje, provavelmente enlouqueceríamos.

Mas, mesmo nessas poucas décadas de vida da nossa existência atual, já deu tempo de fazermos um monte de bobagens. E muitos de nós têm dificuldade em lidar com isso. Talvez você seja um desses, que têm vergonha do passado, ou que se culpam demais, ou, pior que isso, talvez você se prenda ao passado através das lembranças, revivendo os mesmos erros indefinidamente.

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Prisão mental no passado

Desde o momento em que nos decidimos a mudar de rumo, a nos melhorarmos como seres, a trilharmos o caminho reto das Leis de Deus, não há mais o que ficar rebuscando no passado. Se não queremos algo para nós, esse algo não deve fazer parte das nossas cogitações – se não queremos desgraças, não temos que nos alimentar de tragédias televisivas; se não queremos intrigas, temos que evitar a perda de tempo e o desperdício de energias nos sites de fofoca de pseudocelebridades; se não queremos repetir os erros do passado, temos que nos desligar do passado.

Tudo o que fizemos de errado no passado faz parte da nossa experiência pessoal, está tudo registrado nos nossos arquivos individuais. Ao rememorarmos essas coisas, sentimos novamente as emoções angustiantes, a raiva, o medo, tudo o que estiver relacionado com os nossos erros. Isso vale não só para os erros cometidos por nós, mas para qualquer situação desagradável que tenhamos experimentado.

Ao lembrarmos dessas coisas negativas, trazemos tudo isso à tona, entramos em contato mental, imediatamente, com todos os espíritos envolvidos nessas situações. Muitos dos nossos erros são repetições de equívocos em que recaímos há muitas existências. Podemos ser mais ou menos adiantados em algumas coisas, mas tem determinados pontos em que ainda somos fracos, e repetimos reiteradamente os mesmos erros.

Ninguém comete um erro sozinho. Não somos ilhas. Formamos grandes redes de espíritos que evoluem em conjunto. Ao cometermos um erro, então, estamos envolvidos com outros espíritos, encarnados ou desencarnados. Alguns no nosso nível evolutivo, outros ainda muito mais atrasados que nós. Se ficamos presos a esses erros, relembrando-os, revivendo-os na memória, nos martirizando por causa deles, trazemos das profundezes do nosso ser as ligações que temos com esses espíritos, e isso é um convite aberto para que eles novamente tenham acesso a nós, desencadeando o que se costuma chamar de “obsessão”. Quando nos focamos no erro, sintonizamos com o erro.

Você já deve ter ouvido falar em higiene mental. Pois é. Precisamos de asseio em nossas mentes. Temos que evitar as lembranças tristes, as notícias trágicas, a fofoca, o negativismo de qualquer espécie. Não se trata de fuga. Trata-se de escolha: o nosso foco deve ser o bem. Sintonizamos, sempre, com aquilo que ocupa a nossa mente. Se queremos coisas boas, portanto, temos que ocupar a nossa mente com coisas boas.

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