Comportamento, Mídia e sociedade

Natal e consumismo – uma visão espírita

arvore de natal

Morel Felipe Wilkon

Artigo publicado originalmente em 11/12/2012

Natal é sinônimo de consumismo. A mídia enlouquece nessa época. E grande parte das pessoas se deixa influenciar por seus desatinos mercantilistas. Mas o Natal ainda é a maior data cristã do planeta. Por isso esta reflexão, minha visão espírita do Natal….

Lembro-me que quando era criança a professora mandava fazer redação sobre o Natal. Por exemplo: “Qual o verdadeiro sentido do Natal?” Pra que a nota fosse boa, todos se puxavam no sentimentalismo, dizendo que o Natal não era só ganhar presentes, que simbolizava o nascimento de Jesus. Não sei se alguém era sincero no que escrevia. Acho que todos queriam mesmo era festa e presentes.

Natal e consumismo

Não há como separar o Natal do seu significado material. É uma data de confraternização, talvez a mais importante. E não há como pensar em Natal sem pensar em presentes. Nem que seja com preocupação com os gastos com presentes para todos…

Não vejo nada de errado em festa de Natal e troca de presentes. Só acho uma pena que o consumismo tenha chegado a tal ponto que muitas pessoas ficam frustradas por não comprarem tudo o que gostariam. Comprar já não é um prazer, já não é uma válvula de escape para desilusões com a vida; comprar é um dever, uma obrigação. A mídia enlouquece nessa época. E grande parte das pessoas se deixa influenciar por seus desatinos mercantilistas.

Sinceramente, não acredito que a alegria do Natal esteja ligada ao número ou ao preço dos presentes. Não acredito que alguém goste ou valorize mais uma pessoa por causa de um presente melhor. Isso existe, é claro, mas é um sentimento que fica longe do que se espera do Natal.

Você já se deu conta de que acaba sempre fazendo o que a mídia sugere que você faça? Você percebe que segue os conselhos, as modas, os valores propagados pela grande mídia? Você pode ler mais sobre isso aqui: A grande mídia e você“.

Não estou sugerindo, de maneira alguma, que você deixe de comemorar ou que deixe de trocar presentes no Natal. De jeito nenhum. Nem estou propondo algo que eu mesmo nunca fiz. Nas redações do colégio, dizíamos que o Natal devia ser uma data de reflexão, de pensarmos em Jesus, de amarmos ao nosso próximo, essas coisas todas que rendem boas notas na matéria de Religião.

Não temos esse hábito, não chegamos a esse ponto. A própria época do ano em que comemoramos o Natal, em pleno verão, não é muito propícia para recolhimentos íntimos. Faça sua festa, divirta-se. Mas não esqueça (Já falei pra você que escrevo em frente ao espelho? Pois é. Algumas coisas eu só escrevo depois de me olhar no espelho; essa é uma delas), não esqueça de valorizar mais as pessoas do que os presentes. Não esqueça de que a festa é ótima, mas mais importante é o que você está comemorando.

Note as pessoas que estão com você neste Natal. Embora você possa não perceber, na hora da festa, você e estas pessoas estão se reunindo na maior festa cristã. Vocês estão se reunindo porque são cristãos. Não importa o que fazemos do Natal. É uma festa de consumo? Sim. Mas é o maior evento cristão do planeta.

Se você lembrar disso por um momento que seja, provavelmente vai achar um sentido novo para o Natal. Vai perceber, nem que seja por um momento, que você e mais alguns espíritos encarnados junto com você, estão unidos nesta data não por um acaso, não para fazerem uma festa juntos, mas porque há fortes ligações entre vocês. Vocês são companheiros de jornada, e há razões para isso. Entre bilhões de encarnados no planeta, você faz parte deste pequeno grupo de pessoas.

Procure vê-las, por um instante que seja, como irmãos em Cristo, como parceiros de evolução. Se quiser e puder comprar tudo o que a televisão mandar você comprar, fique à vontade. Mas não deixe de lado o sentimento, não esqueça de que não há nada mais importante do que o amor. E talvez não haja oportunidade tão boa para reunir pessoas que você ama ou que você está aprendendo a amar.  

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