Comportamento

Ciência e espiritualidade

ciência espírito

Morel Felipe Wilkon

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Ciência e espiritualidade devem andar juntos. Nossa inteligência está aprisionada na matéria. Tudo o que conseguimos utilizar de nossa inteligência é o que os nossos sentidos físicos permitem. Por mais que nos libertemos em pensamento, por mais que nos desliguemos parcialmente do corpo físico, estamos bitolados ao corpo carnal.

Para alguém que viesse de um planeta distante, seria fácil fazer uma distinção entre os humanos. Seria notório, para eles, que alguns de nós estão despertos, enquanto a grande maioria dorme para a verdadeira Vida.

Temos que fazer a diferença
Você faz a diferença

A maioria não se dá conta de sua verdadeira natureza. Muitos nem sequer pensam no assunto. Esses que matam por nada, que não aprenderam a valorizar a Vida, os que vivem pra se drogar, sem imaginar que possa haver qualquer coisa além de droga, comida e sexo barato, nem cogitam a hipótese de haver outros planos, outras vidas.

Outros já se questionaram duas ou três vezes, não acharam a resposta, talvez tenham achado esse exercício de pensar muito cansativo e desistiram. Vão levando. São zumbis. Os CBDs, na expressão do meu amigo Mauro Pilla: Come-bebe-dorme.

Fora esses, há os de concepções primárias, os que imaginam vagamente um céu ou inferno, alguma coisa muito confusa e incerta. Poucos têm noções de continuidade espiritual mais nítidas, mais determinadas, mesmo que errôneas ou fantasiosas.

Os que se dedicam às coisas do Espírito, os que fazem do estudo meio de esclarecimento espiritual, os que vivem materialmente sabendo que a matéria é apenas a superfície da verdadeira Vida, esses estão despertos.

Para quem chegasse de fora, de um mundo distante, os despertos talvez passassem por seres dominantes, especiais, detentores da verdade. Talvez pensassem que mantemos os não-despertos longe da verdade, que fazemos segredo dos nossos conhecimentos. Como se usássemos o nosso conhecimento da verdade para dominá-los, e os mantivéssemos na ignorância. É possível que se compadecessem dos não-despertos, tomando-os por vítimas dos despertos dominadores.

Seria difícil pra eles acreditar que os outros não despertam porque não querem, porque não acreditam, porque não se dão ao trabalho de estudar, de pesquisar, de se questionar. Seria complicado, para esses seres vindos de outro planeta, compreender que os despertos tentam esclarecer os não-despertos, disponibilizam conhecimento e meios de aprendizado, oferecem sua experiência e se dispõem a apontar caminhos. Mas eles não querem. São cegos que não querem ver, surdos que não querem ouvir.

Nós sabemos a verdade. Sabemos que somos espíritos imortais de passagem pela matéria, sabemos que reencarnamos muitas vezes e que a cada nova experiência material temos nova oportunidade de nos disciplinarmos, de rearmonizarmos o que desarmonizamos nas passagens anteriores, temos nova chance de aprender a amar e cooperar. Isso vale para alguma coisa? Esse conhecimento é realmente importante? Nós também desconhecíamos a verdade, no passado. Está valendo a pena termos nos conscientizado?

Não adianta nada o conhecimento por si só. Não adianta nada termos adquirido conhecimento e continuarmos a fazer as mesmas coisas que fazíamos em reencarnações passadas. Se fosse para fazermos as mesmas coisas, não precisaríamos ter reencarnado, não precisaríamos novo corpo, nova oportunidade, novo planejamento.

Temos que fazer diferente. Temos que fazer a diferença. Não basta saber, temos que ser. Ciência e espiritualidade devem andar juntos. O saber e o ser. O conhecimento e a vivência. Temos que fazer jus à nossa condição de despertos, conhecedores da verdade.

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