Colaboradores

Definição espírita de Deus

trigal maduro
Que é Deus?

A definição espírita sobre Deus, em minha opinião, é a mais perfeita definição sobre o nosso Pai.

ARTIGO DE AUTORIA DE RODRIGO PNT

Bonita é a confissão cremos em Deus pai, porém o que é Deus e quais são os seus atributos? Quem é Deus? Ele tem corpo?

Para eu afirmar que creio em Deus a lógica é que eu o conheça, saiba quem e o que ele é. Felizmente a revelação da divindade é progressiva para nós e aos poucos ela foi se instalando na mente da humanidade.

Há quase sete mil anos que nossa raça começou a entender o divino. O que se descortina, ainda que em tela embaçada no livro bíblico de Genesis, com a representação do primeiro casal Adão e Eva, nesse tempo que começaram a descortinar o divino, já que até ali pelo que entendo não havia a ideia de adoração a uma divindade ou a divindades no caso de raças politeístas.

“E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do Senhor.” Gênesis 4: 26.

Por essa afirmativa bíblica acredito que Adão e Eva demarcam o despertar da humanidade para o conhecimento do divino, não que realmente existiu um primeiro casal que povoou toda a Terra, já que nas próprias entrelinhas da narrativa vemos a pré-existência do homem antes de Adão, o que se mostra no casamento de Caim, mas na narrativa da família de Adão cumpre-se o principio da revelação da divindade na carne, ou seja, o inicio da adoração e compreensão de que existe um Deus.

O principio da revelação da divindade é de pai e criador que fez todas as coisas com as suas próprias mãos e por isso devia ser respeitado e temido, pois o ser humano recém-saído das malhas da animalidade ainda não possuía conceitos de amor, misericórdia e perdão e por isso não precisava de mais nada além de temê-lo. Mas hoje é imprescindível compreendermos Deus e por isso Jesus veio ao mundo de carne revelar o Pai, porque o ser humano já havia amadurecido para essa compreensão de o que seja amor, perdão e misericórdia, por isso ao entrar no mundo o Cristo disse:

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejam filhos do vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5: 43, 44.

A urgência há dois mil anos atrás era a de apagar das mentes aquele deus da lei, encolerizado e contraditório, por isso ele, Jesus, selou o seu testemunho a respeito dele com o seu próprio martírio morrendo na cruz e demonstrando o verdadeiro caráter do Pai dos espíritos que também é Espírito.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4:24.

A urgência de hoje é a de trazer a continuidade da revelação divina, ela nunca parou como deduzem alguns, mas da espiritualidade jorram fontes enormes de conhecimento sobre esse Deus, a revelação continua sendo dada aos seres encarnados e os que estão preparados para deixar os conceitos medievais sobre Deus encontram o verdadeiro caráter divino e, como dissemos acima, não é suficiente dizer que cremos em Deus pai, porque o conceito de pai varia de pessoa a pessoa, pois há bons pais e maus pais e como o apóstolo disse, crer em Deus é fácil.

“Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem.” Tiago 2: 19.

Mas é preciso conhecê-lo, não podemos amar o que não conhecemos, e nisso é muito verdadeiro o medo ainda sentido por algumas pessoas quando pelas narrativas veterotestamentárias igualam Deus ao homem, quando é no Cristo que vemos Deus, nele habita todo o caráter da divindade, por isso deixo aqui a definição espírita sobre Deus, o que em minha opinião é a mais perfeita definição sobre o nosso Pai.

Deus é eterno. Se Ele tivesse tido um começo teria saído do nada, ou teria sido criado por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.

É imutável; se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.

É imaterial, ou seja, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria; de outro modo não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.

É único; se houvesse vários deuses, não haveria unidade de desígnios, nem unidade de poder na ordenação do universo.

É todo-poderoso, porque é único. Se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto Ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis Divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite duvidar de sua justiça nem de sua bondade.

Rodrigo Pnt é presbítero evangélico e estudioso da Doutrina Espírita

Conheça meu canal no Youtube!

Artigo AnteriorPróximo Artigo