Comportamento, Mídia e sociedade

Dia dos namorados e as almas gêmeas

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Morel Felipe Wilkon

Este artigo foi publicado originalmente em 12 de Junho de 2012. Como minha opinião permanece a mesma, resolvi ressussitá-lo…

Se você pensou que ia ler um texto romântico sobre almas gêmeas, sinto muito por decepcioná-lo. Você acha que eu devia ser mais romântico? Então você ainda acredita em almas gêmeas? Que pena. O amor de verdade é muito mais bonito. O amor de duas pessoas completas é muito mais rico e apaixonante que o amor de duas metades de pessoa. Não é isso que diz a teoria das almas gêmeas? Que somos seres incompletos e que só seremos completos quando encontrarmos nossa outra metade?

Você acredita em almas gêmeas?
Você acredita em almas gêmeas?

Você é uma pessoa completa. Não falta nada em você. Não falta ninguém pra você. Não é uma pessoa determinada que tem o poder de fazer você feliz. Ou você é feliz ou você não é. Isso é falta de romantismo? Acho que não. Acho que falta de romantismo é acreditar que dependemos de alguém, que talvez nem conhecemos ainda, para sermos felizes.

O amor não acontece uma vez só. Você pode amar mais de uma pessoa, pode amar a mesma pessoa mais de uma vez. O amor não tem limites, você sabe. Claro que você não vai passar a vida procurando a pessoa certa, até porque seria muito difícil definir o que seria a pessoa certa.

Algumas pessoas acham que numa relação amorosa os dois têm que pensar igual, ter os mesmos gostos, as mesmas opiniões, os mesmos objetivos, têm que concordar em tudo. Não descobriram ainda que numa relação assim os dois anulam partes importantes de si, deixam de se desenvolver plenamente, não crescem como poderiam crescer se cada um mantivesse sua individualidade.

Porque é isso que nós somos, é isso que você é: indivíduo. Cada um com suas características, cada um com seu modo de pensar e de agir. E que bom que seja assim! Que bom que podemos aprender um com o outro, aprender com as diferenças. É isso que nos enriquece. Enquanto tentamos nos moldar um ao outro ficamos estagnados, não evoluímos. E estamos aqui pra evoluir, né?

Essas datas todas se tornaram essencialmente comerciais, você sabe. Natal, páscoa, dia das mães, dia dos pais, dia da criança, dia dos namorados. Mas elas existem, não se pode passar batido por elas. E, bem ou mal, elas cumprem seu papel de nos lembrar de que há alguém a ser lembrado. Mas você não acha, pelo menos um pouquinho, que é uma forçação de barra demonstrar amor com procedimentos padronizados? Jantar à luz de velas, flores, presentes e uma fila enorme no motel?

Se você pensar um pouco, vai perceber que os melhores momentos com quem você ama, as horas mais bonitas, as coisas mais românticas, não aconteceram com data marcada. Eles simplesmente aconteceram. Não pense que estou tentando convencer alguém a não comemorar o dia dos namorados. Cada um sabe de si, cada um vive o seu momento. Só que esse romantismo de propaganda de shopping não é amor. Pode ser algo parecido com o amor, pode ser até uma das faces do amor, mas não é o amor.

Há pessoas que passam esse dia sozinhas, lamentando não ter alguém pra compartilhar a data… Mas há quem não lamente por estar só. Fazem disso uma opção, e vivem muito bem assim. Sabem que não precisam de ninguém para completá-los, e descobriram outras maneiras de dividir aprendizados e companheirismo.

Feliz dia dos namorados, independente de sua situação amorosa. Goste mais de você mesmo, hoje. Comemore por ser quem você é, sinta-se feliz e realizado por isso, sabendo que o amor está dentro de você mesmo. Você escolhe como e com quem compartilhá-lo. Está bem?

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