Pensamento e disciplina

O alimento do espírito

amor alimento das almas

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Não podemos esquecer um só dia da nossa natureza espiritual e das necessidades de alimento do espírito.

Você consegue viver em paz? Ainda se lembra, pelo menos, de como é maravilhosa a sensação de paz?

Vivemos um período agitadíssimo. Em nenhuma outra reencarnação você conheceu tanta atividade, tanta informação, tantas pessoas como você conhece hoje. É um momento histórico privilegiado em nossa evolução. Temos a oportunidade de consolidar conhecimentos e experiências que buscamos há muitos séculos.

O alimento do Espírito
O alimento do Espírito

O problema é que corremos o risco de esquecer de parar. E precisamos saber parar. Até as máquinas precisam de descanso, necessitam de manutenção. Muitos mestres, junto com ensinamentos morais ou práticos, também nos ensinaram o valor da paz, a necessidade de parar e esvaziar a mente. Jesus recolhia-se para orar, em silêncio, sem ser incomodado. Buda meditava por não sei quanto tempo. Sábios contemporâneos, como Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-no-ie ou o nosso filósofo Huberto Rohden, também nos ensinaram acerca do valor do recolhimento, da necessidade de se reservar um espaço do dia para o silêncio, o encontro com Deus dentro de nós.

Se não nos reservamos um tempo pras coisas do espírito, dificilmente conseguiremos cumprir com qualquer objetivo mais elevado a que nos propusemos. O mundo material, da forma como funciona hoje, não nos permite lembrar da nossa natureza espiritual. Tudo é feito de modo a que nos mantenhamos o mais ocupados possível.

Quando acabam as obrigações, se sobra algum tempo, é pro lazer. Mas pro lazer estereotipado, padronizado, pro lazer em pacote. É claro que todos precisamos de lazer. Mas não podemos esquecer o mais importante. Você não pode esquecer que você é espírito imortal de passagem pela matéria. Você tem um monte de coisas a fazer por aqui. Mas sem se descuidar da sua verdadeira natureza.

Uma maneira simples de nos mantermos conectados com nossos propósitos superiores é através da leitura. Nem que seja dez ou quinze minutos por dia. Mas é preciso selecionar a leitura. Aprendi um pouco tarde que a leitura deve ser cuidadosamente escolhida. Nada que nos baixe o ânimo, nada que nos atinja negativamente, nada que traga más reflexões.

A leitura diária deve ser prazerosa e edificante. E compreensível. Não adianta escolher um livro por sua fama, pela boa reputação do seu autor, se a leitura é difícil e exige mais atenção do que você pode dar.

Não podemos esquecer um só dia da nossa natureza espiritual e das necessidades de alimento do espírito. Assim como você cuida do seu corpo diariamente, do mesmo modo deve cuidar do espírito. Você faz suas refeições todos os dias, mesmo quando está cansado ou sem tempo. Você faz suas necessidades todos os dias, você toma banho todos os dias (toma, né?), você troca de roupa todos os dias.

Quem faz musculação ou qualquer atividade física regular sabe que é preciso manter a musculatura sempre em atividade. Duas ou três semanas sem praticar exercícios e grande parte de sua massa muscular e elasticidade é perdida.

Com as coisas do espírito acontece o mesmo. Você precisa conectar-se com Deus todos os dias. Seja através de oração, meditação, relaxação ou de qualquer outro modo. Se esse encontro com Deus, se essa introspecção é interrompida ou falhada, você se desconecta, fica sujeito à ilusão da matéria.

Não se esqueça de você. Não se esqueça de que não há preço que pague a paz e o bem-estar.

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