Comportamento, Vídeo

Os jovens e o Espiritismo

jovem espírita


Eu li recentemente uma reportagem que afirma que o Espiritismo é a religião que mais cresce entre os jovens. Você pode conferir a reportagem clicando no link abaixo:

Espiritismo moderno é a religião que mais cresce entre os jovens

A presença dos jovens no Espiritismo pode ser facilmente verificada nos centros espíritas. Há um grande número de jovens, que procuram o centro espírita espontaneamente, sem a influência direta de ninguém e que procuram se instruir e participar ativamente das atividades promovidas pelo centro espírita.

O espírita e o centro espírita

Eu também verifico isso em espaços como o meu canal no Youtube. Grande parte dos inscritos no meu canal, dos que fazem comentários, que me deixam perguntas, é composta de jovens.

Pouco tempo atrás eu era bastante jovem, já não sou mais. E as gerações mais experientes sempre criam expectativas em relação aos jovens.

Mas esta geração realmente surge num período diferente, num contexto diferente. A começar pelo nível de informação que tem à disposição graças à internet. Hoje só é manipulado quem realmente não despertou ou quem não se importa em ser manipulado.

Uma coisa que eu percebo claramente é que o Movimento Espírita vem passando por uma transformação. Nós ainda temos o Divaldo, que é um ícone do Movimento Espírita mais tradicional, do século XX, mas fora ele não tem nenhum grande vulto da velha geração de espíritas – pelo menos não de maneira evidente, na mídia, na internet.

E não temos líderes. Durante muitas décadas tivemos Chico Xavier como um grande líder (embora ele não se arrogasse esse papel), e tínhamos uma série de grandes estudiosos ou grandes médiuns. Hoje não temos isso. Não existe nenhum grande nome, nenhuma figura de destaque.

E isso é um reflexo dos novos tempos. Com a internet o acesso à informação é mais dinâmico e mais acessível a todos. Isso torna o grande ideário espírita muito mais amplo, muito mais rico, muito mais sujeito ao debate e à construção de novas idéias e de novas práticas.

O risco é o mesmo de sempre. Se nós abrimos o leque demais, ele arrebenta – não podemos ignorar os pilares doutrinários. Não podemos começar nenhum estudo sério sem consultar a base doutrinária. Particularmente, eu sempre recomendo Allan Kardec e André Luiz.

Mas tirando isso de lado, o fato de não haver grandes lideranças, de não haver nomes incontestáveis no Movimento Espírita atual é uma grande oportunidade de revisar conceitos, de rever abordagens, de repensar as práticas adotadas.

O que nós não precisamos é mais do mesmo. Não precisamos de novas obras ou de novas pessoas para dizerem exatamente as mesmas coisas. Tem palestrante, por exemplo, que além não dizer nada de novo, ainda imita o Divaldo – é o cúmulo da falta de criatividade – além de não ter nada de novo pra falar, não tem nem um jeito novo de falar; tem que imitar o Divaldo.

Nós tivemos neste últimos cento e poucos anos, obras de valor incalculável. Muitas delas ainda não foram estudadas, ou pelo menos não foram suficientemente estudadas. Podemos fazer muito mais com o que temos à disposição. Produzir mais do mesmo é como comprar roupa nova sendo que tem um monte de roupa no roupeiro que ainda não foi usada. É desperdício – e acaba virando bagunça.

Com o que temos à disposição podemos chegar a entendimentos mais profundos, podemos elaborar conceitos mais elevados, e podemos encontrar métodos de trabalho espiritual mais eficazes – com uma participação maior do trabalhador encarnado, com uma visão mais participativa, mais decisiva na vida do próximo.

É uma grande oportunidade que nós estamos recebendo da alta espiritualidade. Uma chance de agir com amor e com muito trabalho. O resultado prático de amor e trabalho, para quem recebe, é caridade; para quem dá, é alegria. Nossa reencarnação tem que ser bem aproveitada. Tem espírito que implora por uma chance de reencarnar. Nós estamos aqui e temos que fazer valer a oportunidade que temos.

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