Tragédia de Santa Maria

A tragédia de Santa Maria e o resgate coletivo

Santa Maria da boca do monte
Santa Maria da boca do monte

Tenho recebido muitos relatos a respeito da tragédia de Santa Maria. Desde denúncias sobre procedimentos legais até supostas comunicações com grupos de trabalhadores espirituais socorristas. De tudo o que recebo, dois assuntos predominam.

A maioria acha que se trata de um resgate coletivo, como de fato parece ser. E quase todos acham que se trata de espíritos que na última reencarnação haviam sido nazistas. Há semelhança com as câmaras de gás, há a coincidência das datas. No dia em que ocorreu a tragédia é comemorado o dia internacional em memória das vítimas do holocausto. Esse é um dos dois pontos em que mais falam.

Neste trabalho trato do tema com mais dados: A tragédia de Santa Maria sob a ótica do Espiritismo

O outro ponto se refere às idades das vítimas, todos jovens. Pessoas sem conhecimento do espiritismo lamentam o fato de as vítimas da tragédia terem “morrido” tão cedo, quando tinham toda a vida pela frente. Eles não compreendem que a vida continua, independente da idade em que se desencarna.

Talvez esse entendimento não tenha muito valor num acontecimento como esse. Desses mais de duzentos jovens, alguns pais e mães sevem ser espíritas. E não acho que a dor deles seja menor por compreenderem uma realidade que a maioria desconhece. 

Mas acho que, com o entendimento, essa dor pode ser amenizada mais rapidamente, e que essa dor não se confunde com revolta. A vida continua. Se realmente se trata de resgate coletivo, é um fato que contou com o compromisso desses espíritos antes de eles reencarnarem. Não podemos achar que isso seja um “castigo divino”. Não existe castigo divino. O que existe é o compromisso de uma consciência que percebeu o tamanho de seus erros e que faz questão de se redimir. Todos nós temos débitos consideráveis a pagar. Se nos lembrássemos de nossas vidas passadas, talvez não conseguíssemos conviver com o sentimento de culpa. Mas, por uma série de motivos, quitamos nossas dívidas a conta-gotas, em suaves prestações. Todos temos o nosso carnê a ser pago. Mas alguns espíritos não  suportam conviver com a lembrança dos seus erros. São espíritos que se arrependeram, que querem se rearmonizar com as Leis cósmicas, e que se comprometem a purgar suas impurezas de maneira drástica.

Tenho ouvido relatos de sonhos, eu mesmo tive sonhos, muitas pessoas de algum modo pressentiram que algo estava para acontecer. Em termos práticos, isso não tem nenhum valor, pois ninguém tem um aviso ou visão ou sonho claro o suficiente para evitar qualquer acontecimento previsto. Mas esses pressentimentos demonstram que tudo estava para acontecer.

Ouvi de um colega, a quem atribuo grande credibilidade, que alguns espíritos ainda não conseguiram ser socorridos, não perceberam o socorro que está à sua disposição, por estarem profundamente sintonizados com ondas de pensamentos e sentimentos de tristeza e revolta. Quem me acompanha há mais tempo sabe que não assisto televisão e não acompanho os noticiários. Mas basta acessar o e-mail para se deparar com inúmeras notícias sobre o caso. Muitas delas, sensacionalistas. Outras, sem nenhuma importância, como detalhes disso ou daquilo. O pensamento de angústia e revolta, a procura por culpados, a tristeza generalizada, formam uma potentíssima massa psíquica que atrapalha o salvamento e a recuperação desses espíritos recém desencarnados.

Eles começam agora uma nova etapa em sua trajetória espiritual. Depende de cada um deles a maior ou menor facilidade e rapidez com que irão assimilar sua nova realidade e como irão conduzir a sua recuperação. Eles estão recebendo os cuidados de que precisam por parte dos espíritos trabalhadores. Mas nós podemos ajudar a todos emitindo boas energias, pensamentos elevados, orações. Quem não se dispuser a isso, que pelo menos se desligue do noticiário e não contribua com pensamentos perturbados. Na noite da tragédia, sonhei que explicava para uma colega de Santa Maria sobre um artigo que havia gravado dias antes. Se você quiser ler ou ouvir este artigo, clique aqui.

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