Evangelho

Espiritismo e o medo da vida

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O espiritismo, ao nos demonstrar a continuidade da vida e as inúmeras oportunidades de aprendizado e experiência que a vida nos oferece, transforma o medo da vida num sentimento irracional. Claro que o fato de se reconhecer um sentimento como irracional não acaba com ele, mas é um começo.

Você já existia antes de ser filho de sua mãe e de seu pai, e vai continuar existindo depois que seu corpo morrer. Vai continuar pra sempre, a individualidade não se perde jamais. Só a convicção deste fato já devia ser suficiente para percebermos que não há o que temer, que o medo é ilusório, que tudo tem nova chance, que tudo continua, se renova, se transforma. Nenhuma adversidade é permanente, sem contar que a maioria delas é meramente especulativa; tememos com antecedência.

Medo da vida

Já dizia Jesus Cristo no maior ensinamento que já chegou à Terra, o Sermão da Montanha, que não devemos nos preocupar com o dia de amanhã. Disse-nos o Mestre: “Olhem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. No entanto, nem Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles. Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vocês, homens de pouca fé?” Isso é uma das coisas mais profundas que já nos foram ensinadas, e talvez justamente pela sua simplicidade, não recebe até hoje o devido valor.

O que ele está dizendo pra você? Pra parar de se preocupar com o que ainda não aconteceu, pra parar de sofrer por antecipação, pra parar de temer o dia de amanhã. O que você deve entender, o que nós todos devemos entender de uma vez por todas é que nós somos partículas Divinas, nós somos a parte de Deus que nos cabe, Deus se manifesta para você  através de você! Deus, que habita dentro de você, quer o seu melhor, sempre. Jamais culpe Deus. Jamais atribua a Deus as falhas que você cometeu. Sempre é bom lembrar que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Você colhe hoje o que plantou ontem. Colherá amanhã o que plantar hoje. Assim mesmo. Aprenda a assumir seus erros e pare de culpar Deus, o destino, a vida, os outros. Tudo o que lhe acontece é causado por você. Não adianta esbravejar. Se isso o aborrece, pare de ler imediatamente e vá ao banheiro pensar a respeito, depois continue.

 O medo da vida nasce da culpa. Culpa por ter feito algo errado, por não fazer o que devia ser feito, por não praticar o que sabe, por não assumir ser quem é. Não é fácil abandonar o medo. Não se abandona um hábito entranhado. É preciso substituí-lo. Substitua o medo pela confiança, pela coragem, pela força. Você consegue, desde que comece pelo começo. E o começo é reconhecer seus erros. Não é lindo quando uma criança confessa alguma travessura, encabulada ou chorosa? É lindo porque é verdadeiro, não por se tratar de uma criança. Nós precisamos reconhecer a responsabilidade que é nossa perante a vida. Esse é o caminho para trocar o medo pela confiança, pelo amor incondicional à vida. Claro que há dificuldades. Sempre haverá, neste planeta. Mas o medo atrai medo. As suas vibrações mentais de medo atraem as vibrações mentais de medo dos outros, encarnados e desencarnados. O contrário também acontece. As vibrações de confiança, fé, coragem, alegria, reconhecimento e gratidão à vida atraem vibrações semelhantes. Você decide o que quer para si. Nós decidimos o que queremos para nós. Querer é poder. Queiramos o certo. Façamos o bem.

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