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O que você procura no Espiritismo?

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O que você procura no Espiritismo? Quais foram os fatores que despertaram a sua atenção para que você se interessasse pelo Espiritismo?

Ainda é muito comum que pessoas sintam-se atraídas pelo Espiritismo em busca de fenômenos. São pessoas que se interessam pelos chamados fenômenos paranormais, e se realizariam se pudessem ver uma sessão de materialização, ou ouvir algum médium fazer uma revelação importante que pudesse ser facilmente comprovada, ou qualquer coisa que chocasse os seus sentidos.

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Materialização

Já passou o tempo dos fenômenos extraordinários. Ainda os há, é claro, mas são cada vez mais raros. A intensificação desses fenômenos se deu de meados do século XIX até a primeira metade do século XX. Muitos cientistas renomados se debruçaram sobre o assunto. Teses, antíteses e sínteses foram elaboradas. As prateleiras estão cheias de livros que tratam exaustivamente dessa temática.

Os que buscam o Espiritismo, ainda hoje, em busca de fenômenos, quase sempre se decepcionam. A mediunidade inconsciente, em que o médium era quase que um instrumento inerte à disposição do espírito comunicante, quase não existe mais. Não há interesse, por parte da espiritualidade superior, em manter os encarnados como meros instrumentos. Não é este o papel do Espiritismo.

Espiritismo e o esclarecimento

O propósito do Espiritismo é, antes de mais nada, o esclarecimento. Ao tomarmos conhecimento da existência da vida além do plano físico, perfeitamente encadeada com a nossa vida de encarnados, percebemos com clareza absoluta que somos os responsáveis pelas nossas vidas, que colhemos hoje o que plantamos ontem e colheremos amanhã o que plantamos hoje.

A tendência, então, é diminuir cada vez mais o fenômeno, priorizando o estudo, pois é o esclarecimento que nos liberta das amarras com que nós mesmos nos prendemos. Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. A verdade é relativa ao nosso grau de entendimento. Mas, para ampliarmos a nossa capacidade de entendimento, precisamos nos esclarecer. Somos muito mais do que pensamos ser. Temos capacidades adormecidas dentro de nós esperando que façamos um esforço para desenvolvê-las. Temos condições de ser muito mais felizes, pacíficos e pacificadores, temos condições de colaborar de maneira decisiva para a melhora geral da humanidade. A humanidade é composta de seres como você e eu. Quando dizemos que a humanidade pode e deve mudar, estamos nos referindo à soma dos seres que a compõe. E a mudança deve começar por nós, em nosso íntimo.

Quando você muda, o mundo muda

Sabemos que todos somos médiuns em potencial. Se considerarmos que todos nós influenciamos e somos influenciados permanentemente, por espíritos encarnados e desencarnados, nós somos médiuns. E, como tal, temos a responsabilidade de filtrar as influências que recebemos em forma de pensamentos que chegam à nossa mente e temos a responsabilidade de selecionarmos, através da vigilância, os pensamentos que lançamos para fora de nós. Isso é nossa responsabilidade, e é responsabilidade dos espíritas conscientes alertarem sobre isso.

O centro espírita que não tem no estudo e no esclarecimento o seu foco, talvez deva rever suas diretrizes. É claro que há urgência em atendimentos a pessoas e a tratamentos de casos obsessivos graves. Mas, assim como na medicina, qualquer tratamento que não cuide da causa do problema será apenas um paliativo, apenas um alívio provisório. A cura permanente, definitiva, se dá através do esclarecimento e a consequente mudança no padrão de sentimentos, pensamentos e atitudes. E, para chegar-se ao esclarecimento, o caminho é o estudo.

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