Comportamento

O seu sorriso é contagiante!

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Você compartilha o seu bom humor? Você sabe que o seu sorriso é contagiante? É muito fácil confundir seriedade com carranca fechada. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra.

As primeiras impressões que tive do espiritismo não foram muito animadoras. Ainda na infância, os primeiros centros espíritas que conheci abrigavam pessoas sisudas, com ar de mistério. Poucos trabalhadores sorriam pra mim. Ainda hoje há centros espíritas que conheço onde a cara fechada é quase uma instituição, como se isso fosse sinal de concentração, seriedade, sei lá.

sorriso de bebê
O bom humor é um hábito como qualquer outro

Há pessoas naturalmente sorridentes; sorriem da mais tenra infância até a velhice. Que lindo, né? Certamente incorporaram essa característica em experiências passadas. Mas é indiscutível que o sorriso também pode ser treinado, é um hábito que se pode adquirir. O bom humor é um hábito como qualquer outro. Eu tenho me esforçado para interiorizar esse hábito, acho ele dos mais importantes.

A maioria das pessoas que procura um centro espírita está passando por um momento de grande dificuldade. É raro quem vá em busca de esclarecimento sem antes haver buscado consolação. E me parece bem mais produtivo que uma pessoa que esteja passando por dificuldades seja recebida e orientada por alguém que veja a vida de forma leve, bem humorada, sorridente.

Talvez essa sisudez, essa austeridade, seja herança de nossa cultura judaico-cristã, tão pródiga em casos de sofrimento, como o de Jó. Essa herança cultural vê o sofrimento quase como uma virtude, como algo que enobrece.

Cada um de nós serve de referência a muitas outras pessoas, e é muito melhor irradiarmos alegria e bom ânimo a todos aqueles que nos têm como bússola. Você conhece algo mais animador do que ser recebido por um sorriso sincero, onde quer que seja?

Seriedade é assumir responsabilidades para consigo mesmo e para com o próximo, seriedade não é cara amarrada. Tem aquele ditado que diz que um burro calado passa por sábio… Pois tem gente que faz cara feia pra se fazer de inteligente.

O bom humor e o otimismo deixam as pessoas à volta mais relaxadas e consequentemente mais receptivas às ideias que expressamos. Acabamos nos tornando disseminadores indiretos das causas que defendemos, graças ao nosso posicionamento positivo perante a vida.

A primeira transformação, a mais simples renovação de si mesmo, a mudança mais fácil de se pôr em prática é fazer do bom humor um hábito. O Bom humor não é a qualidade mais importante que alguém possa desenvolver, não é o bom humor que vai determinar nossa reforma íntima, mas é uma maneira eficiente de tornar as coisas mais fáceis para nós mesmos e para aqueles que convivem conosco.

Em todos os ambientes que frequentamos, seja nossa casa, nosso trabalho, local de estudo, vizinhos, confrades, em toda parte onde nos fazemos presentes, temos a responsabilidade de dar o melhor de nós mesmos. Claro que nem sempre fazemos isso, não é coisa que se aprenda assim, sem mais nem menos. Só não podemos esquecer dessa responsabilidade, temos que tê-la sempre em mente, para ir tentando, tentando. Tudo o que tentamos acabamos por conseguir. Minha filha Sofia, de pouco mais de três anos, já sabe disso. E fez um longo discurso sobre isso, no último dia dez, ao conseguir pela primeira vez subir sozinha em sua cadeira de refeições.

Como não temos ainda essa capacidade de dar sempre o melhor de nós, começar tentando desenvolver o bom humor, a visão positiva das coisas, das pessoas, da vida, já é uma grande coisa. E sorrir, o sorriso é contagiante.

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